Atualização da Rede Nacional de Especialidade Hospitalar e de Referenciação: Medicina Intensiva

18 Novembro, 2020

Em julho, a Associação Portuguesa de Fisioterapeutas e o seu Grupo de Interesse em Fisioterapia Cardiorrespiratória, apoiados por um grupo de fisioterapeutas a exercer em serviços de Medicina Intensiva, enviaram os seus contributos durante a fase de consulta pública da “Proposta de Rede Nacional de Especialidade Hospitalar e de Referenciação – Medicina Intensiva”, que não contemplava qualquer menção ao número preocupantemente escasso de fisioterapeutas presentes nestes serviços, nem qualquer recomendação relativamente à necessidade da presença de fisioterapeutas nestas equipas.

É com muita satisfação que verificamos que a versão final do documento “Atualização da Rede Nacional de Especialidade Hospitalar e de Referenciação: Medicina Intensiva”, publicada no portal da ACSS, revela que a Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a COVID-19, que elaborou o documento, foi sensível aos argumentos apresentados e recomenda:

Inclusão de Fisioterapeutas nas equipas de Medicina Intensiva
A reabilitação do doente crítico é essencial na Medicina Intensiva Moderna.
Contribui para redução do tempo de ventilação e da permanência em Cuidados Intensivos e Síndrome Pós Cuidados intensivos, assim como permite um retorno mais rápido à vida ativa e menores sequelas.
Neste sentido deve existir oferta de fisioterapia e cinesiterapia respiratória 24/24 e 7/7, existindo recomendações de rácio de 1 fisioterapeuta para 6 a 10 camas.
Considera imprescindível a existência de reabilitação motora e cognitiva, que deve ser multidisciplinar e multiprofissional, coordenada e de acordo com a realidade local. Devem existir planos definidos, individualizados e auditáveis de avaliação das necessidade e capacidade de reabilitação e segurança de cada doente.

Fica assim reconhecida a importância da atuação do fisioterapeuta no contexto dos Serviços de Medicina Intensiva, integrada em equipas multidsciplinares, visão que temos partilhado com o Ministério da Saúde e Direção-Geral da Saúde.

 

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